TRANSFORMAR

Transformar ganha um novo significado a partir da relação com Deus.

No seguimento de Jesus Cristo, as Religiosas do Sagrado Coração de Maria são chamadas a viver este dinamismo de “transformação pessoal n’Ele e na transformação do mundo”. (Constituições §2)

Assim, as presenças, instituições, projetos e serviços apostólicos são entendidos como expressões da missão, colaboração com a ação de Deus para a transformação das realidades.

Em fidelidade ao Evangelho e carisma recebido, as RSCM assumiram, desde as origens, a diversidade de respostas de missão e amplitude de destinatários – ao serviço da vida e dignidade de todos – privilegiando o compromisso ativo com os mais desprotegidos e necessitados de justiça.

Nas primeiras décadas do IRSCM, esta intencionalidade apostólica concretizou-se associando a cada Colégio a resposta de um Patronato e/ou Escola Gratuita. Este modelo assemelhava-se à Casa Mãe e permitia uma resposta completa na missão. A atenção e resposta direcionada aos mais pobres e vencidos da vida incluía a assistência nas necessidades básicas, bem como o desenvolvimento promotor de integração social bem-sucedida.

Com o regresso do IRSCM a Portugal (após o tempo de exílio em Tuy e Brasil), imprime-se novo rosto e dinamismo às fundações e cresceu o número de Patronatos, em resposta ao aumento das necessidades emergentes.

Na década de 60-70, a procura de adaptação aos novos tempos e implementação do Capítulo Geral 68/69 conduziram a novas presenças de serviço aos mais pobres, e à institucionalização desta resposta social. Surge, então, a Obra de Assistência do Sagrado Coração de Maria, com personalidade jurídica a partir de 1964, com a finalidade de “prestar assistência a menores, colaborando com a família na sua educação e promoção social”.

Em consequência, alguns Patronatos são, progressivamente, convertidos em Centros Sociais de 1.ª e 2.ª infância, nomeadamente: Vila Pouca em Guimarães, Quinta d’Armada em Braga e Fervença em Celorico de Basto.

Os três Centros Sociais tinham como objetivo principal a promoção humana e o desenvolvimento integral das pessoas a quem serviam. O projeto, assumido por Irmãs e colaboradores leigos, concretizava-se na resposta a necessidades básicas e multiplicidade de iniciativas promotoras de desenvolvimento e transformação das pessoas e da realidade: atividades educativas para as crianças, cursos de alfabetização, culinária, costura, cuidados de saúde, higiene e alimentação.

Em 1980 estabeleceram-se os primeiros Acordos de Cooperação com a Segurança Social e, em 1985, com a alteração dos Estatutos das IPSS em Portugal, passou a denominar-se Obra Social do Sagrado Coração de Maria – IPSS, fundação do IRSCM.

Celebramos e agradecemos o dom da transformação enquanto dinamismo específico da Espiritualidade do IRSCM e fazemos memória das gerações de Irmãs e colaboradores que, ao longo do tempo, estiveram ao serviço resposta promotora de vida, de dignidade, de transformação.

Evocamos a história dos Centros Sociais de Guimarães (1967) e Braga (1971), recordando respostas em fase de estruturação inicial.

Ir. Clara d’Assis, rscm

Fazemos memória da presença do IRSCM em Fervença, no Concelho de Celorico de Basto (1972-1983): o Centro Social e outras respostas associadas. A presença da Comunidade RSCM neste contexto teve um impacto decisivo na formação e transformação de muitas pessoas, famílias e meio envolvente.

Ir. Alice Morgadinho, rscm

Em adaptação constante aos desafios da Sociedade Portuguesa e contexto em que se integram, os Centros Sociais de Braga e Guimarães vivem o dinamismo de transformação e evolução, num processo de fidelidade criativa. Recordamos uma fase de expansão do Centro de Guimarães e deixamos uma visão geral da realidade atual – as respostas e propósito da Obra Social do SCM na promoção da vida e dignidade.

Ir. Judite Maia, rscm
Ir. Júlia Lopes, rscm

Agradecemos a colaboração com a ação de Deus para a transformação de pessoas e realidades, para que todos tenham Vida!