Acontecimento Histórico

Ser Comunidade – Sinal para o Mundo

Somos chamadas a ser comunidade, a conhecer e celebrar o amor de Deus por nós e a tornar esse amor conhecido por outros.
Ao inserir-nos mais profundamente nas realidades da Igreja e do mundo, usamos os nossos talentos individuais e como corpo para trabalhar, de maneira criativa, nos diversos ministérios para a promoção da justiça.

Declaração da Missão, 1990

Acreditamos que Deus nos chama a uma caminhada de fé, caminhada que fazemos individualmente e como Instituto. Neste caminhar quotidiano experimentamos dificuldades, mas também agradáveis surpresas e momentos de crescimento mútuo: alegramo-nos com os dons que Deus concedeu a cada irmã, procurando criar um ambiente onde esses dons se possam desenvolver e frutificar; propomo-nos desenvolver um estilo de vida simples que se exprime nos nossos relacionamentos abertos e sinceros; procuramos usar, de modo responsável, os bens de que dispomos; comprometemo-nos a viver a escuta diária da Palavra, o perdão, a reconciliação e a avaliação da nossa vida à luz do Evangelho, de modo a que haja coerência entre aquilo que proclamamos e a sua expressão na nossa vida pessoal e comunitária.

A Declaração da Missão chamou-os a tomar consciência de que, como Instituto, somos um corpo em missão e precisamos de aprofundar o que significa ser comunidade no mundo atual.

Num mundo de relacionamentos destruídos, no qual a dominação, o racismo, a exclusão, a intolerância, o consumismo, a violência e a manipulação contradizem o exemplo de Jesus Cristo, cuja vida e missão somos chamadas a continuar, somos desafiadas, de um modo novo, a sermos proféticas como Comunidade.

Um Capítulo Geral é sempre uma experiência profunda de Comunidade. No Capítulo Geral de 1995 as RSCM, vindas de diversas partes do Instituto, partilham as suas histórias, refletiram sobre a experiência vivida à luz das Escrituras, reconheceram e integraram as suas diferenças e chegaram a uma nova compreensão dos apelos de Deus para cada tempo.

Considerando o momento atual da história humana, da Igreja e do mundo, depois de muita oração e reflexão, sentiram-se desafiadas a reavivar o seu chamamento a ser Comunidade e comprometeram-se a ser um testemunho, forte e vibrante, de Comunidade no mundo.

Precisamos de compreender, de um modo novo, a vida consagrada vivida em comunidade… Daremos especial atenção à qualidade da nossa vida, umas com as outras, procurando novas formas de sermos comunidades em missão.

Comprometemo-nos a intensificar esforços para crescermos numa compreensão renovada da razão da importância da nossa vida comunitária no mundo de hoje.

Como parte de um mundo no qual formas graves de injustiça destroem as relações humanas entre povos, raças e culturas, comprometemo-nos, como Instituto, a transformar todos os nossos relacionamentos para que sejam caracterizados pelo espírito de reciprocidade, contradizendo as relações de dominação patentes no nosso mundo.

Assumindo a riqueza da nossa realidade multicultural, encontramos modos concretos para apreciar e incorporar os valores e potencialidades de cada uma das culturas dentro do Instituto

O que causa a destruição da comunidade e o que constrói a comunidade existe em nós, individualmente e como Instituto. Assim, como a comunidade mundial é fortalecida e construída a partir do nível local, também nós podemos compreender que a comunidade Maior, o Instituto, é fortalecida e construída pela qualidade dos relacionamentos a nível local.

Reconhecemos que há sinais de vida nova no Instituto. Como um corpo para a missão, queremos
alimentar e fortalecer essa vida nova, seja onde for, em todos os locais e em todas as etapas, para que todos tenham vida.

Constituições das RSCM § 26 – 39
Declaração da Missão
Documento do Capítulo Geral de 1995
O Generalato de Patrícia Connor, rscm – 1985-1995