Resistir ganha um novo significado e alento quando é vivido com Deus.
A visão de fé e de zelo, específica do carisma das RSCM, suscita a coragem para assumir com confiança as vicissitudes; o discernimento para a leitura dos acontecimentos a partir de Deus; a criatividade para encontrar novas respostas para que todos tenham vida!
À semelhança das primeiras Irmãs, outras gerações atravessaram tempos críticos na evolução da Igreja, do mundo e da realidade concreta da sociedade portuguesa.
Fazemos memória, celebramos e agradecemos as gerações de Irmãs que, em tempos adversos, souberam viver o Carisma com resiliência e discernir caminhos para o futuro.
Evocamos a época pós 25 de abril. A festa da Revolução dos Cravos, a explosão de liberdade, os primeiros passos na democracia, a procura de uma nova página para Portugal, com a consequente instabilidade. Predominava um ambiente político marcado pela desconfiança e leitura negativa face às intuições da Igreja. Sucediam-se as nacionalizações, o ambiente era de insegurança face ao futuro.
Inseridas neste contexto, as RSCM viveram este tempo de muita esperança, mas, igualmente, de preocupações que exigiam sábias decisões, sobretudo da Equipa Provincial, em quem recaía a responsabilidade da liderança da Província Portuguesa. Durante esses anos, foi Superiora Provincial a Ir Mª Lúcia Brandão e Ecónoma a Ir Ilda Saavedra Batista.
Nessa época, Moçambique era, também, parte da Província Portuguesa. Um total de cinquenta e duas Irmãs portuguesas e onze Irmãs moçambicanas, com uma organização própria, liderada pela Ir Regina Medeiros Ferreira. Inseridas no contexto, viveram os acontecimentos e tumultos do processo de independência do povo moçambicano e nacionalização de todas as propriedades das RSCM. Um tempo de resistência e resiliência, revestido de esperança.
Celebramos e agradecemos este dinamismo de resistência e de resiliência na Fé, para que todos tenham Vida!
